quarta-feira, 14 de abril de 2010



Gwa yá tuba
Na Rota dos Bandeirantes


Índios, bandeirantes e tropeiros, construíram a história da “nossa gente, dessa boa terra.” Em 1.722, quarenta anos mais tarde depois do Anhanguera, Bartolomeu Bueno da Silva, o filho, que entre outras, já havia passado por Minas Gerais, estabelecido em Sabará (1701) e depois em Pitangui (1709), foi também um dos idealizadores da Guerra dos Emboabas.
De volta à São Paulo em julho de 1.722, a pedido de D. Rodrigo César de Meneses, Capitão Geral da Capitania de São Vicente, ambos estabeleceram ajuste de uma bandeira para localizar e explorar as riquezas dos Goyazes, que fora anunciada entre outros bandeirantes, a do seu próprio pai. Assim o fez e, só retorna a São Paulo em 21-X-1723. Registra-se que dessa primeira investida não obteve sucesso algum, porém meses depois organizou-se uma nova expedição para explorar os ditos veios auríferos. Bartolomeu Bueno e João Leite da Silva Ortiz seu cunhado, recebem de D. Rodrigo César de Menezes a Carta de Sesmaria, em 2 de julho de 1.726. Era comum (lei) o domínio português autorizar, através dos Governadores das Capitanias Hereditárias, aos bandeirantes explorarem as riquezas que encontrassem e em troca de tal privilégio a Coroa Portuguesa cobrava o Quinto.
Munido de tais privilégios, registra a história que o famoso Bartolomeu Bueno da Silva saíra da Vila de Piratininga, com uma tropa de 152 homens armados, acompanhados de dois religiosos bentos e providos de 39 cavalos, seguem a rota de volta para as minas do centro oeste brasileiro. Em meio as matas, atravessando rios e seguindo trilhas antes marcadas pelos índios. Encontrado então, desta vez próximo a serra Dourada, as diversas minas de ouro, funda o primeiro povoado em terras dos Goyazes, com o nome de Núcleo da Barra. Mais tarde, a pouca distância dali, às margens do rio Vermelho, encontra minas mais volumosas. Para lá se foram os moradores da Barra, fundando em 26-VII-1.727 o arraial de Sant’Ana.
A notícia deste descobrimento causou enorme curiosidade e deu origem a uma verdadeira corrida em busca do ouro, partida principalmente de Minas Gerais, através de todas rotas possíveis. Bahia, pelo Espigão Mestre e pelo antigo Arraial de Couros (Formosa), Minas Gerais, pelo Registro dos Arrependidos, passando pelas vizinhanças de Luziânia ou por uma rota alternada, cruzando o rio Paranaíba em Santa Rita do Paranaíba (hoje Itumbiara) e daí subindo para o norte até encontrar a rota principal próximo de Itaberaí.
Já em 1.749, o rendimento por escravo apresentava-se muito baixo não mais que uma oitava por semana. Ano derradeiro em que, a Província de Goyáz pertenceu à capitania de São Paulo. A partir desta data, tornou-se Capitania independente. A população, contudo, continuou composta por negros e mulatos na sua maioria. A partir de 1.778, a produção bruta das minas de Goiás começou a declinar progressivamente em conseqüência da escassez dos metais das minas conhecidas, da ausência de novas descobertas e do decréscimo progressivo do rendimento por escravo. Assim, com o fim do ciclo do ouro, a pecuária e a agricultura passam a ser, obrigatoriamente, as atividades econômicas predominantes na região do centro oeste brasileiro. Essa nova economia e o fluxo de viajantes dinamizaram as áreas ao longo dos caminhos que levavam às minas, intensificando a produção agrícola.
O século XVIII é marcado, durante cerca de 50 anos (décadas de 1730 a 1780), os caminhos que demandavam ao interior brasileiro, que foram os mesmos dos primeiros tempos, orientados para o Centro-Sul através de São Paulo ou de Minas Gerais, como também rumo ao Rio de Janeiro. Fato que colaborou significativamente, quando em 1.739 o arraial de Sant’Ana recebe o nome de Vila Boa, permanecendo na condição de Capitania de Goyáz.
Por nossa região encontrava-se o traçado, uma rota alternativa que cruzando o rio Paranaíba, no Porto do Major Camillo ou Porto do Cahidor, (Santa Rita do Paranayba). Assim os tropeiros deslocavam com suas tropas da região central em direção ao litoral e vice-verso com a finalidade de levarem alimentos e outros tipos de produtos, dando origem ao comércio, principalmente entre os pólos Goiás, Minas e São Paulo, como já mencionado.
As primeiras povoações surgiram concomitantemente com as primeiras tropas. Numa determinada época, Goiás possuía os tropeiros como seu único meio de transporte, porque d’eles eram capazes, vencer as grandes distâncias e se adaptarem bem aos caminhos estreitos. Duas grandes contribuições se destacam: primeiro foi a comunicação através do transporte de mercadorias, cartas, bilhetes, recados, livros, revistas e jornais, desempenhando o papel de correios; segundo, contribuíram para o surgimento das cidades nos locais onde faziam seus pousos como paragens obrigatórias para o descanso e alimentação.

Goiatuba - Informações Gerais

História

Certamente, em busca de terras férteis e menos valorizadas é que chegariam as primeiras pessoas que iriam formar os agregados humanos iniciantes. É provável que o local tenha sido rota de bandeirantes e aventureiros.
Há provas concretas do estabelecimento de fazendeiros, na região e anterior ao ano de 1843, pois já neste mesmo ano Pedro Laclau, de descendência francesa e residente na cidade de Macaé (RJ), por meio de uma ação adjudicatória, passada na Comarca de Santa Cruz de Goiás, entrou de posse de 2.000 alqueires na localidade hoje conhecida por Ponte Lavrada então pertencente à viúva de João Vieira da Silva e Fonseca. Quanto ao povoado, é possível que ele tenha surgido antes do ano de 1870.
Num rancho de palha, no mesmo ano seria rezada a primeira missa e depois construída uma capela, onde hoje se ergueu a Matriz de São Sebastião. Casas foram sendo construídas por perto, dando o contorno definitivo ao povoado de São Sebastião das Bananeiras.


Fundação e Povoamento

O povoamento da localidade teve início por volta de 1860 com a penetração de antigos bandeirantes vindos de São Paulo. Em 1900, o povoado foi levado a distrito, e obteve sua autonomia como município pelo decreto-lei nº 627 de 21 de Janeiro de 1931. Em 1938, por força de decreto-lei estadual nº 1233, o município passou a se chamar Goiatuba.


Emancipação

Em 1931, ainda com o nome Bananeiras, aos 21 de janeiro, o decreto estadual número 627 elevou Bananeiras à categoria de município, desmembrando-o de Morrinhos. Sete anos depois, acatada sugestão de Manoel Espositel Gabinatti, o município passou a chamar-se Goiatuba.


A escolha do nome

Sabe-se que ele foi escolhido por um andarilho, natural de Paracatu-MG porém de descendência italiana – Manoel Gabinatti Espósito Espositel. Gabinatti não se conformava com o nome Bananeiras. Para ele, o povoado deveria ter um nome que espelhasse a dimensão futura da cidade, e Goiatuba, que segundo as versões mais aceitas significa “Goiás Grande” ou “onde Goiás é grande” era, segundo ele, a denominação aceitável. A junção do termo tupi “Gwa yá,” que quer dizer indivíduo igual, semelhante ou da mesma raça e a palavra “tuba,” quer dizer: grande, muito cheio, muita coisa. Gabinatti, sempre que aqui retornava, insistia na mudança do nome, afirmando que: “Aqui não pode mais chamar Bananeiras, tem que ser Goiatuba.” Nada traduziria melhor a cidade que o próprio e curioso significado etimológico: “Gwa yá tuba” - Muitos indivíduos da mesma raça, ou poeticamente como queria Gabinatti: “Onde Goiás é grande”.


Geografia

O município de Goiatuba pertence a microrregião homogênea, vertente Goiana do Paranaíba, localizando-se entre o paralelo 17º 46' 48" e osmeridianos 49º 10' 00" e 50º 18' 00" de longitude oeste. A sede do município localiza-se a 18º 00' 48" de latitude sul por 49º 21' 30" longitude oeste, a uma altura média de 783 metros acima do nível do mar. No município, as costas altimétricas variam de 400 a 850 metros com altura média de 475 metros acima do nível do mar.


Limites

Limita-se ao norte com os municípios de VicentinópolisJoviânia, e Morrinhos; ao sul, com os municípios de CastelândiaBom Jesus de Goiás,Itumbiara e Panamá; a leste, com Buriti Alegre e a oeste com Porteirão.


Área

A área do município é de 247.510 hectares de pura fertilidade, contando atualmente com o Distrito de Marcianópolis e quatro aglomerados: Santo AntônioSerrinhaPosto Alvorada e Venda Seca.


Bairros


Geologia

geologia do município é formada por estruturas do pré camberiano representado pelo complexo Goiano. A Formação Serra Geral cobre a maior parte do município, e estas rochas quando alteadas, formam um solo argiloso e avermelhado típico de muito na agricultura. O padrão de drenagem do município é do tipo retangular quase sempre controlado por fraturas e falhas, aparecendo nos rios e córregos inúmeras corredeiras, destacando-se os rios dos bois e meia-ponte; os ribeirões Santa Bárbara, São Domingos, Bom Sucesso, Santa Maria e outros. O relevo é caracterizado por todo o plano ou por ser medianamente dissecado em formas conexas associadas às formas tubulares e amplas, com drenagem pouco entalhada e solo argilosos. Os aluviões holocêntricos, formação recentes que margeiam o rio dos bois no extremo oeste do município são constituídos de cascalho, areia, siletes e argila. O escoamento é superficial concentrado em áreas de substituição da cobertura vegetal primitiva por pastos, submetidos à prática de queimadas e ao pisoteio intenso favorece a retirada de nutrientes do solo que escoa pela superfície, promovendo seu esgotamento. À margem do rio dos bois, o relevo apresenta-se plano, sujeito a inundações periódicas devido às dificuldades de escoamento de águas pluviais. Predomina-se nessa região o latossolo roxo distrófico e eutrófico. Uns são solos profundos e outros muito profundos, acentuadamente drenados, friáveis e muito porosos e permeáveis, altamente propício as desenvolvimento de raízes; são encontrados em relevos planos e suavemente ondulados. A correção da deficiência nutritiva, com aplicação de adubos, torna estes solos amplamente favoráveis ao uso intensivo. agropecuário.


Demografia

A população do município é estimada em 33 706 habitantes, destes cerca de 84% vivendo na área urbana e 16% vivendo em área rural. A densidade populacional é estimada em 13,13 habitantes por km². O gráfico a seguir mostra o crescimento populacional da cidade de Goiatuba.
Graficogoiatuba.png


Distâncias rodoviárias

Goiatuba, situada no Sul do estado de Goiás, possui uma localização privilegiada, encontrando-se próxima a grandes centros urbanos como GoiâniaBrasília e Uberlândia e estando no eixo Brasília-São Paulo, um dos mais movimentados do país. A distância entre a sede do município e a capital estadual, Goiânia, são de aproximadamente 172 quilômetros. Ao sul do município, a cidade mais próxima é Panamá, distante cerca de 16 quilômetros, e Itumbiara, distando desta 50 quilômetros. Ao norte do município, a cidade mais próxima é Aloândia com 40, seguida de Morrinhos com 50 eJoviânia com 50 quilômetros de distância. Ao leste, o município mais próximo é Bom Jesus, com aproximadamente 50 quilômetros de distância. Ao oeste, a cidade mais próxima é Buriti Alegre com 50 quilômetros de distância. Outros municípios notáveis próximos à Goiatuba são Rio Verde (distante 205 quilômetros) e Caldas Novas (distante 115 quilômetros). Entre as capitais e outros centros urbanos notáveis do Centro-Oeste e Sudeste brasileiro, destacam-se Brasília, distante 350 quilômetros do município; São Paulo, distante 780 quilômetros; Belo Horizonte, distante 750 quilômetros; Campo Grande, distando desta cerca de 1025 quilômetros; e Rio de Janeiro, com uma distância aproximada de 1 150 quilômetros. A distância entre o município e Curitiba e Porto Alegre, as duas principais capitais do Sul do Brasil, é de 1 100 quilômetros e 1 850 quilômetros, respectivamente. Apresenta uma distância de 1 950 quilômetros de Salvador e 1 850 quilômetros de Aracaju, as duas capitais nordestinas mais próximas. Entre as capitais do Norte, Goiatuba apresenta uma distância de 2 150 quilômetros de Belém e 2 584 quilômetros de Manaus.
Outras cidades:


População

Goiás – 2000 - IBGE.JPG
Fonte: A porcentagem foi baseada na Tabela 2 - Distribuição percentual da população residente, por grupos de idade e Sexo. (Goiás-2000-IBGE).
Segundo dados do(a) Secretaria Municipal de Assistência Social aproximadamente 149 famílias(aproximadamente 543 pessoas), vivem em situação de pobreza, o que significa 1.7%.
OBS: O indicador de pobreza utilizado refere-se aos dados existentes de visitas da assistência e controle da secretaria municipal de Assistência Social, famílias com muitos idosos, doentes, sem empregos, e que todo mês buscam auxílio na secretaria, as casas são geralmente com poucos cômodos, insuficientes para a demanda, e as instalações sanitárias são precárias.


Clima e temperatura

clima do município é tipicamente tropical quente e úmido, apresentando nitidamente as estações secas e chuvosas. Altas altitudes não provocam modificações marcantes nas médias térmicas. Outubro é o mês quente, com temperaturas médias de 30°C; junho geralmente é o mês mais frio, apresentando uma temperatura média de 20°C. As máximas absolutas dificilmente ultrapassam 37°C, isso nos meses mais quentes (setembro, outubro, novembro). Já no inverno, o que caracteriza é uma temperatura amena, apesar de estar sujeito às temperaturas baixas. Os meses de novembro à março são responsáveis por 85% da precipitação anual.


Economia

A economia da cidade é baseada na agricultura e na pecuária.


Bancos

Atualmente, a cidade conta com agências da Caixa Econômica Federal, HSBC, Bradesco, Real Santander, Banco do Brasil e Itaú.


Serviços

Internet: Atualmente, a cidade de Goiatuba dispõe de 3 provedores de acesso a Internet;
Telefonia: A cidade é coberta pela Brasil Telecom, tanto na telefonia fixa como na telefonia móvel. Outras operadoras também atuam na cidade como a TIM, a CLARO e a VIVO. Todas com excelente sinal. Na cidade existem torres de transmissão de todas as operadoras.


Lazer

Goiatuba dispõe de uma área coberta - CEMAL (Centro Municipal de Abastecimento e Lazer) - destinada a realização de eventos municipais e para o lazer da população. A administração do local é feita pela própria prefeitura. Nas noites dos sábados, o espaço funciona como área de alimentação com barracas de pastéis e salgados. Aos domingos, o espaço é todo reservado para os feirantes da região. O espaço também é usado em promoções, feiras, shows artísticos, eventos políticos, reuniões ecumênicas, entre outras atividades sócio-culturais. O espaço é mais conhecido como "Feira Coberta".
Em Julho, há a tradicional "Pecuária", que atrai mais de 44 mil visitantes durante a festa.
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E também se dispõe do Parque dos Buritys uma área de lazer contando um lago um mine parque e uma pista de cooper e bicicleta.
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Esporte

Os times da cidade são Goiatuba Esporte Clube, conhecido como "Azulão do sul", sendo uma vez campeão goiano, no ano de 1992 e a Associação Atlética Goiatuba, campeã da 3ª Divisão em 2010.


Fonte: Wikipedia

Fotos Antigas da Cidade


Foto: Vista parcial da Rua Paranaíba - Foto Cedida por:Zaira Lisboa


Praça São Sebastião (Hoje Pça. Cel. Lúcio Prado)Foto Cedida por:Zaira Lisboa 



Hospital São Salvador "Primeiro de Goiatuba - Ficava na Rua São Francisco (hoje escola da Tia Ivone)Foto Cedida por:Zaira Lisboa"
 

Foto 074: Construção do Ginásio, autor desconhecido, década de 1950. Goiatuba – GO. Acervo Mis-GO.

Foto 075: Rua Meia-Ponte, autor desconhecido, década de 1950. Goiatuba – GO. Acervo MIS-GO.

Foto 076: “Jardim Público”, autor desconhecido, década de 1960. Goiatuba – GO. Acervo MIS-GO.  


Foto: Vista aérea da Construção do Lago dos Buritis. Administração 1997/2000 - Acervo Histórico Municipal de Goiatuba 

 
Foto: FAFICH. 1999/2000 
 
 Foto doada por: Ataualpa R. Borges ao Acervo do Movimento Cultural Terrajóia 
 

Primeira Capela de São Sebastião - Foto do quadro "óleo sobre duratex" - Acervo: Prof. Eurípedes Vieira de Castilho